Obra de Fábio Carvalho inaugurou nova seção de arte na revista "G"

Obra de Fábio Carvalho inaugurou nova seção de arte na revista "G" 

A revista G, depois de 14 anos de atividade, foi totalmente reformulada pelo editor-chefe Marcell Figueiras e pelo editor de arte Thiago Batista. Nesta reformulação, a revista ganhou uma seção dedicada à arte contemporânea brasileira. Inaugurando a nova seção, foi selecionado a obra "Dos que partem, aos que ficam – nº 43".

Fábio Carvalho abre exposição com resultado de sua primeira curadoria

A exposição Afinidades (a escolha do artista) partiu de um convite de Raimundo Rodriguez, diretor da galeria Caza Arte Contemporânea, ao artista plástico carioca Fábio Carvalho, para que este organizasse um projeto de ocupação da galeria com seus próprios trabalhos, e de artistas convidados.


Fábio Carvalho, sem necessariamente pensar em seu projeto como uma curadoria, no sentido de eleger um eixo conceitual que antecedesse a escolha dos artistas e dos trabalhos, preferiu fazer suas escolhas a partir de suas afinidades com os artistas, que aí então foram convidados para a exposição.



Talvez contagiado pelo espírito da galeria Caza Arte Contemporânea, que tem muito de uma verdadeira casa, onde o anfitrião Raimundo Rodriguez sempre recebe os artistas, suas obras e os visitantes das exposições como quem recebe os amigos em sua própria casa, Fábio Carvalho pensou a exposição como uma celebração aos amigos, ao prazer de estar junto. Os trabalhos se relacionam como num bate-papo descontraído entre amigos.

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Porém, apesar desta eleição afetiva dos artistas convidados, percebe-se um (dentre tantos outros possíveis) eixo comum nas obras selecionadas: a delicadeza, em várias formas e sentidos. Por vezes, a delicadeza é o próprio assunto do trabalho; em outras obras, a delicadeza é o anti-assunto do trabalho; elementos de delicadeza estão lá, mas num forte contraste, ou mesmo num enfrentamento, com a brutalidade, o que constrói a narrativa paradoxal apresentada. Há trabalhos em que a fatura é intensa e expressiva, mas a situação representada nos leva á percepção de intimidade e delicadeza. Há trabalhos onde a delicadeza se apresenta de imediato, mas com um pouco mais de observação, pressente-se que algo de muito errado está oculto, quase por acontecer.



Este fio condutor surgiu de uma forma espontânea, natural, uma vez que não apenas em relação aos artistas, Fábio Carvalho também escolheu as obras de cada artista em função de suas afinidades, como artista e como indivíduo, com estas obras e o que estas lhe dizem.